2005-06-02

[Corja] Um povo igual a si mesmo ... 100 anos mais tarde

Não ignorar o passado... e não estar ausente no tempo que passa.

1896?
É impressionante como nada, ou quase nada muda.
Por isso continuamos, cada vez mais, na cauda da Europa.
Para leitura...



" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e
sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos
de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de
dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz
de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se
lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo,
enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da
sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, -
reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não
descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem
carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam
na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a
veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao
roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a
indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis
no Limoeiro (...)

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este
criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto
pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo
primeiro que sai dum ventre, - como da roda duma lotaria.

A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao
ponto de fazer dela saca-rolhas;

Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções,
incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e
pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao
outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo,
apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não
caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"

Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896

2005-05-31

Ãpresento-vos as minhas meninas!

Ana:

ana

Gi:

gi

Leonor:

leonor

Chega Sexta...

RÁPIDO!
Ainda estamos no inicio da Semana e já está a correr mal, ainda vem por aí o pior. Mas Sexta entro de férias e depois... ninguém me pára! Isso vos garanto.
Estou farta da escola, farta dos professores, farta da rotina, farta das obrigações chatas, farta de estar numa sala de aula fechada um dia inteiro, farta de não poder passar um dia a olhar para o céu, para o sol, farta de não poder aproveitar os dias, um a um como eles merecem ser aproveitados. E sim, infelizmente estou fartinha daquela turma, fartinha de ter que partilhar o meu espaço e tempo com gente que não tem a mesma vontade que eu de aproveitar a vida, de amar cada dia. Gente chata!
Quero estar com quem tem essa vontade, quem eu não vejo há muito tempo, ou mesmo aqueles que passam todos os minutos comigo mas dos quais não dá para aproveitar a companhia ao pé de um ambiente tão parvo e de gente tão castradora como aquela.
Quando vierem as férias já sei que não vou parar. Estranhamente, é o periodo do ano em que mais cresço interiormente. Os dias de sol e calor, o tempo livre, os horários trocados e as pessoas bonitas fazem-me bem! Fazem-me crescer bem e livremente embora sempre na direcção certa. Obrigada!

xega xexta

\o/

O.M.E.M. - Ornatos Violeta

Dá-me a tua mão
E vamos ser alguém.
A vida é feita para nós!

Sente o nervo da manhã.
Vê como vibra para ti!
Vai ditar o rumo da razão.

Vê como olham para trás,
Vê como aguardam tua vez,
Do prisma inverso da ascensão..
Ascender!

E acordei na minha cruz,
A mesma carne,
A mesma luz,
Um nada após a mortificação.

E o melhor é que aprendi
A minha luta é por aqui!
Voltámos a pisar o chão..

Dá-me a tua mão
E vamos ser alguém.
A vida é feita para nós!
Acordar é bom,
Mais fácil é dormir,
Mas nem dormindo estamos sós!

Eu fui tão mau para mim,
Eu fui tão pouco para nós!
Bem que o meu pai quase que me avisou.

Eu nasci sem entender
A forma certa de viver
Até que a vida me ensinou:

Aprender!

O que eu quis mostrar ao mundo
Era tão forte e tão profundo,
Eu quase me afoguei na emoção.

Visitou-me um velho amigo
Outr'ora solto em meu umbigo,
Eu dei-lhe abrigo na prisão.

Só que eu já não sei!
Mudou a força da razão
E não fui eu que a mudei!
A vida tem um peso para nós,
E pesa quando estamos sós..

Dá-me a tua mão
E vamos ser alguém.
A vida é feita para nós!
Acordar é bom,
Mais fácil é dormir,
Mas nem dormindo estamos sós!

O.M.E.M.
Oh mãe!

Foi tão bom para ti
Como foi para mim!?

Arctic Monkeys - Old Yellow Bricks


Rota de colisãO

Lá, entre o Sol e o Si